4 dicas para acertar na contratação dos funcionários

O processo de selecionar e contratar pessoas é um desafio enfrentado por organizações de pequeno a grande porte. Saiba como fazer dar certo em sua empresa

15 de abril de 2016
4 dicas para acertar na contratação dos funcionários

É necessário preencher uma vaga na empresa. O contratante, então, sai em busca de candidatos e enfrenta dificuldades em encontrar pessoas qualificadas e dentro do perfil de sua organização. O processo de recrutamento e seleção leva tempo e dá trabalho. E quando, finalmente, encontra-se a pessoa adequada, o novo funcionário permanece por apenas um mês na vaga ocupada e pede para sair. Todo o trabalho de contratação, então, recomeça mais uma vez. 

A situação acima não é incomum para o empreendedor brasileiro que precisa contratar. Segundo dados do departamento de economia da ACIC, o setor do varejo em São Paulo registrou, no ano de 2013, um índice de turnover de 42,4%, ou seja, quase metade dos funcionários dos varejistas paulistas foram trocados no ano passado. Para o varejo no Brasil, esse índice é de 38,3%. 

O varejo é um dos setores que mais sofre com a rotatividade da mão de obra, apesar do desafio de selecionar e contratar pessoas fazer parte da rotina de todos os tipos de empresas. Por isso, a ACIC conversou com duas especialistas no assunto para trazer algumas orientações sobre como o empresário pode acertar na hora de contratar. Eliane de Almeida é responsável pelo atendimento das empresas na unidade de Campinas do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola); e Fabíola Lencastre é diretora da Feeta Recursos Humanos; elas nos ajudaram a reunir algumas dicas rápidas e práticas. Confira a seguir.

1. Faça um processo de contratação profissional

O processo de contratação precisa contar com uma visão especializada no assunto, para que a empresa seja orientada de forma profissional sobre o melhor a ser feito. Ainda que as organizações, sobretudo as de pequeno porte, muitas vezes careçam de verba disponível para contratar uma agência de RH ou de um próprio departamento em sua estrutura interna que cuide disso, é importante que se busque alternativas para suprir essa necessidade. 

“Há parcerias de baixo ou nenhum custo, como o CPAT (Centro Público de Atenção ao Trabalhador), que auxiliam pequenos empresários no recrutamento, além de instituições de ensino com cursos de psicologia, administração ou tecnólogo em RH, onde através de projetos acadêmicos os alunos possam auxiliar as pequenas empresas neste trabalho”, sugere Eliane. 

A ACIC também oferece aos seus associados algumas ferramentas que ajudam a tornar o processo de contratação mais profissional, sem necessidade de grandes investimentos. O banco de currículos gratuito da entidade e seu serviço de seleção e contratação para empresas filiadas são algumas das alternativas disponíveis. 

2. Seja exigente, mas realista 

Na hora de contratar o empresário deve ser rigoroso para acertar no perfil ideal do funcionário para sua organização e ter a certeza de que o mesmo atenderá as expectativas do cargo. Contudo, não deve cair no erro de querer o candidato que não demandará nenhum tipo de ajuste.

“A dificuldade está, talvez, na alta expectativa do empresário na contratação do perfil perfeito, pronto para a entrega do melhor resultado”, afirma Fabíola. Eliana, por outro lado, também lembra que o candidato precisa se mostrar competente para o cargo. “As pessoas participam do processo de seleção não para aparecer e mostrar o porquê devem ser contratadas. Muitos em um processo seletivo, se pudessem, se colocariam embaixo de uma mesa para se esconder e não serem notados”, conta.

3. Valorize a qualificação do candidato 

Pessoas que demonstram buscar qualificação no mercado, por meio de cursos preparatórios e outras formas de desenvolvimento, merecem atenção do empresário. A experiência anterior também pesa, porém, o que deve prevalecer como fator de decisão é o comportamento do candidato à vaga. 

“Os perfis técnicos sempre serão avaliados, mas as competências comportamentais podem superar as barreiras do bom desempenho na função no dia a dia. Profissionais munidos de entusiasmo, criatividade, persistência e ambição estão no mesmo nível desses perfis técnicos”, afirma Fabíola. 

4. Não basta contratar, é preciso reter 

Todo o processo de contratação é trabalhoso e exige tempo e esforços do empresário. Por isso, deve ser assertivo ao máximo para que não precise ser repetido na eventual saída do colaborador logo após ser admitido. Nesse sentido, reter o funcionário contratado também é importante, a fim de que o investimento para achá-lo não seja em vão.

“Atualmente, o recurso humano é livre e a qualquer hora pode migrar. Por isso, o investimento deve ser quase que individual neste funcionário, sendo este o papel da liderança. Altos salários atraem, mas para manter um talento há outros fatores importantes que devem ser levados em conta”, defende Eliana.

“Pacotes de remunerações variáveis, benefícios coerentes e competitivos à realidade oferecida pelos outros setores da nossa região, quando conjugados com a oportunidade de carreira e desenvolvimento, podem ser atrativos”, exemplifica Fabíola.

Para trazer mais conhecimento às empresas de Campinas sobre o tema, a ACIC realizará, nessa quarta-feira, 21, o Encontro de Varejo sobre boas práticas de recrutamento e seleção. No evento a entidade discutirá com os empresários como fazer, na prática, para o processo de seleção dar certo. O encontro contará com Eliana de Almeida e Fabíola Lancastre como palestrantes e terá entrada gratuita.

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